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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Planta medicinal pode ser mais eficaz contra a pressão alta do que remédio

Mangabeira tem substâncias que diminuem hipertensão.
Folha da árvore também contém princípios vasodilatadores.

Uma pesquisa conduzida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) indica que a árvore mangabeira, comum no estado, pode ser muito mais eficaz do que o remédio mais vendido contra a pressão alta.
Nas lojas de produtos naturais, é procurada pelo nome do fruto, mangaba, e vendida sob a forma de pedaços do tronco. “É bom para controle de diabetes, colesterol e hipertensão”, afirma a vendedora de ervas Silvana Morais.

O que a sabedoria popular já dizia agora foi comprovado em pesquisa científica, e o resultado surpreendeu os farmacêuticos. No combate à hipertensão, a mangabeira tem substâncias que, na dose certa, podem ser mais potentes e mais eficientes do que remédios muito usados hoje.
Os pesquisadores fizeram um extrato da folha, dissolveram em água e serviram a camundongos hipertensos. As análises mostraram que o chá da mangabeira tem três princípios ativos que, juntos, são até dez vezes mais potentes do que o captopril, usado no tratamento da pressão alta.

O chá ainda tem uma qualidade extra: além de inibir a produção de substâncias que causam a hipertensão, ele também é vasodilatador. Nos animais, a pressão arterial baixou, e ficou controlada.
Chá
“O uso do medicamento se faz em doses muito mais baixas e muito mais efetivas do que o chá preparado rotineiramente”, explica Virgínia Soares Lemos, do departamento de farmacologia da UFMG.

O comerciante Daniel Gonçalves toma o chá de mangabeira há seis meses, e aprendeu a receita com um sertanejo baiano. “Realmente baixou minha pressão. Fiz um exame em janeiro que realmente comprovou essa eficácia da mangaba”, conta ele.

A especialista em plantas medicinais da UFMG, Maria das Graças Lins, alerta que não se deve trocar medicamentos por chá sem indicação médica. “O perigo é fazer o remédio de forma inadequada, extrair uma quantidade grande de princípio ativo, usar uma dose excessiva e fazer até mal ou não fazer o efeito adequado.”

Os testes em humanos devem começar ainda neste ano. A pesquisa também analisa os efeitos da raiz da planta olho-de-boi contra a pressão alta.


FONTE:Portal da Globo,com informações do Jornal Nacional.Disponível em:http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1464316-5603,00-PLANTA+MEDICINAL+PODE+SER+MAIS+EFICAZ+CONTRA+A+PRESSAO+ALTA+DO+QUE+REMEDIO.html.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Resposta sobre: Funcho



O funcho (Foeniculum vulgare Miller) é uma espécie medicinal, nativa da Europa e amplamente cultivada em todo o Brasil. As partes utilizadas da planta são as folhas, o fruto e a raiz, que possuem propriedades carminativas, digestivas, galactagogo, tônico geral, antiespasmódico e diuréticas. O óleo essencial do funcho é utilizado na fabricação de licores e perfumes. As sementes são utilizadas na confeitaria como aromatizantes em pães, bolos e biscoitos

FONTE:STEFANELLO, Raquel et al. Efeito da luz, temperatura e estresse hídrico no potencial fisiológico de sementes de funcho. Rev. bras. sementes [online]. 2006, vol.28, n.2. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-31222006000200018&script=sci_arttext&tlng=es/
Foto: Martha Batista de Lima - Professora, terapêuta naturalista (Anápolis, GO), outubro de 2007.

Ética Ecocêntrica - Farmacobotânica

Olá,
Neste link tem um video muito interessante sobre Ética Ecocêntrica - Farmacobotânica, feito pelos alunos do curso de farmácia do 4º período do Centro Universitário Newton Paiva. É um vídeo muito bem feito, vale a pena ver!!

http://www.youtube.com/watch?v=IX54Wcqpozs

sábado, 24 de abril de 2010

Resposta sobre: utilização do alho para o tratamento de gripes e resfriados

O alho pode sim ajudar a combater gripes e resfriados, pois ele possui atividade antiviral e antibiótica, além de estimular componentes do sistema mune.

Dentre outras atividades do alho temos:
É um alimento funcional rico em alicina que possui ação antiviral, antifúngica e antibiótica, tem considerável teor de selênio agindo como antioxidante e aliina que apresenta ação hipotensora e hipoglicemiante. Alguns compostos sulfurados presentes no alho possuem atividade vasodilatadora e hipocolesterolemiante, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares. As demais substâncias encontradas no alho possuem atividade imunoestimulatória e antineoplásica. O alho possui também inulina, que estimula os componentes do sistema imune, ajuda na absorção de cálcio, favorece a síntese da vitamina B e diminui parâmetros lipídicos.

FONTE: DALONSO, Nicole et al. Extração e caracterização de carboidratos presentes no alho (Allium sativum L.): proposta de metodologia alternativa. Ciênc. Tecnol. Aliment. Campinas, 2009, vol.29, no. 4. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-20612009000400014&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

Resposta sobre: o efeito terapêutico no uso da Cannabis sativa (maconha)

Sua aplicação terapêutica é um tema muito controverso pois, apesar das propriedades terapêuticas, o fumo crônico a maconha provoca alterações das células do trato respiratório e aumenta a incidência de câncer de pulmão entre os usuários e um dos outros efeitos associados ao longo tempo de exposição a ela é a dependência dos efeitos psicoativos com a cessação o uso.

Alguns exemplos das aplicações terapêuticas dos canabinóides são efeito analgésico, controle de espasmos em pacientes portadores de esclerose múltipla, tratamento de glaucoma, efeito broncodilatador, efeito anticonvulsivo. Sendo que a tratamento dessas doenças ocorre com o acompanhamento médico. Alguns efeitos colaterais podem acompanhar os efeitos terapêuticos citados acima, tais como, alterações na cognição e memória, euforia, depressão, efeito sedativo e outros.


Se quiser saber mais aprofundado sobre o assunto entre no link: http://www.scielo.br/pdf/qn/v29n2/28452.pdf. O artigo é muito interessante.


FONTE: SILVA, Káthia Maria; SILVA, Albérico Borges Ferreira da; ARROIO, Agnaldo. Aspectos terapêuticos de compostos da planta Cannabis sativa.Química Nova. São Paulo,2006, Vol. 29, No. 2, pp. 318-325.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Espaço de vocês!!!

Olá!
bom, esse blog é destinado a esclarecer e orientar a população com relação as plantas medicinais e fitoterápicos, por isso destinamos esse tópico para saber o que vocês mais querem saber. Para isso, criamos esse tópico com o intuito de que nos comentários vocês possam perguntar o que quiserem sobre uma planta que utiliizam, ou que sabem que alguém utiliza, ou até mesmo por curiosidade. estamos esperando contato de vocês!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Formas para o preparo de chás

Decocção: preparação que consiste na ebulição da droga vegetal em água potável por tempo determinado. Método indicado para partes de drogas vegetais com consistência rígida, tais como cascas, raízes, rizomas, caules, sementes e folhas coriáceas.

Infusão: preparação que consiste em verter água fervente sobre a droga vegetal e, em seguida, tampar ou abafar o recipiente por um período de tempo determinado. Método indicado para partes de drogas vegetais de consistência menos rígida tais como folhas, flores, inflorescências e frutos, ou com substâncias ativas voláteis.

Maceração com água: preparação que consiste no contato da droga vegetal com água, à temperatura ambiente, por tempo determinado para cada droga vegetal disposta no anexo I dessa Resolução.

obs.:Esse método é indicado para drogas vegetais que possuam substâncias que se degradam com o aquecimento.

FONTE: RDC-10, DE 9 DE MARÇO DE 2010

terça-feira, 13 de abril de 2010

Diferença entre drogas vegetais e fitoterápicos

"As drogas vegetais não podem ser confundidas com os medicamentos fitoterápicos. Ambos são obtidos de plantas medicinais, porém elaborados de forma diferenciada. Enquanto as drogas vegetais são constituídas da planta seca, inteira ou rasurada (partida em pedaços menores) utilizadas na preparação dos populares “chás”, os medicamentos fitoterápicos são produtos tecnicamente mais elaborados, apresentados na forma final de uso (comprimidos, cápsulas e xaropes)."

FONTE: CURY, Luana. Uso de plantas medicinais da tradição popular é regulamentado. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 11 de março de 2010.

Boldo do chile - Peumus boldus Molina


Parte Utilizada: Folhas

Forma de Utilização: Infusão 1 a 2 gramas (1 a 2 colher chá) em 150 mL (xícara chá)

Posologia: Utilizar 1 xícara chá 2 vezes ao dia

Via: Oral

Uso: Adulto

Indicações: Dispepsia (distúrbios da digestão) como cologogo e colerético

Efeitos Adversos: O uso pode diminuir a pressão arterial. Doses acima da recomendada e utilizadas por um período de tempo maior que o recomendado podem causar irritação gástrica.

Contra indicações: Não deve ser utilizado por pessoas com obstrução das vias biliares, doenças severas no fígado e nos casos de gravidez. Usar cuidadosamente em pessoas com doença hepática aguda ou severa, colecistite séptica, espasmos do intestino e íleo e câncer hepático.

Observações: Não exceder a dosagem recomendada.
As doses indicadas são para adultos.
As plantas medicinais não devem ser usadas em crianças menores de 3 anos, gestantes e mulheres que estejam amamentando.
Nas crianças de 3 a 7 anos deve-se usar 25% das doses indicadas e em crianças entre 7 e 12 anos e em acima de 70 anos deve-se usar 50% das doses indicadas.
É importante ressaltar que o boldo do chile é uma planta importada, ou seja, não cresce em solo brasileiro. Muitas pessoas dizem que possuem em seus jardins esse boldo, mas não é verdade, o que ocorre de fato é uma confusão por existirem várias espécies de boldo, entre eles: o boldo do chile, boldo nacional (que também é descrito no blogg), boldão, boldo peludo ou boldo miúdo, boldinho.



FONTE: RDC-10 de 9 de março de 2010 apud GUPTA et al, 1995; MATOS, 1998; MATOS, 2000; PROPLAM, 2004; SIMÕES et al. 1998; WICHTL, 2003; MILLS & BONE, 2004; CARDOSO, 2009; LUZ NETTO, 1998.

Quebra-pedra - Phyllanthus niruri L.


Parte Utilizada: Partes aéreas

Forma de Utilização: Infusão de 3 g (1 colher sopa) em 150 mL (xícara chá)

Posologia: Utilizar 1 xícara chá 2 a 3 vezes ao dia

Via: Oral

Uso: Adulto

Indicações: Litíase renal (cálculos renais) por auxiliar na eliminação de cálculos renais pequenos

Efeitos Adversos: Em concentrações acima da recomendada pode apresentar diarréia e hipotensão (pressão baixa)

Contra indicações: Na eliminação de cálculos grandes. Não utilizar na gravidez

Observações: Nunca utilizar por mais de 3 semanas
As doses indicadas são para adultos.
As plantas medicinais não devem ser usadas em crianças menores de 3 anos, gestantes e mulheres que estejam amamentando.
Nas crianças de 3 a 7 anos deve-se usar 25% das doses indicadas e em crianças entre 7 e 12 anos e em acima de 70 anos deve-se usar 50% das doses indicadas.

FONTE: RDC-10 de 9 de março de 2010 apud BIESKI & MARI GEMMA, 2005; DINIZ et al., 2006; GILBERT et al, 2005; GUPTA et al, 1995; IEPA, 2005; MATOS et al, 2001; MATOS, 1997; MATOS, 1998; MELO-DINIZ et al., 1998; PROPLAM, 2004; SIMÕES et al. 1998; ALONSO, 2004.

Boldo nacional, falso boldo, boldo africano - Plectranthus barbatus Andrews




Parte Utilizada: Folhas

Forma de Utilização: Infusão 1-3 gramas (1-3 colher chá) em 150 mL (xícara chá)

Via: Oral

Uso: Adulto

Indicações: Dispepsia (distúrbios da digestão) e hipotensão (pressão baixa)

Efeitos Adversos: O uso pode diminuir a pressão arterial. Doses acima da recomendada e utilizadas por um período de tempo maior que o recomendado podem causar irritação gástrica.

Contra indicações: Não deve ser utilizadas em gestantes, lactantes, crianças, pessoas com hipertensão (pressão alta), hepatites e obstrução das vias biliares. Pessoas que fazem uso de medicamentos para o sistema nervoso central devem evitar o uso.

Observações: Não usar junto com metronidazol ou dissulfiram.
As doses indicadas são para adultos.
As plantas medicinais não devem ser usadas em crianças menores de 3 anos, gestantes e mulheres que estejam amamentando.
Nas crianças de 3 a 7 anos deve-se usar 25% das doses indicadas e em crianças entre 7 e 12 anos e em acima de 70 anos deve-se usar 50% das doses indicadas.

FONTE: RDC-10 de 9 de março de 2010 apud BIESKI & MARI GEMMA, 2005; DINIZ et al., 2006; IEPA, 2005; MATOS, 1997a MATOS, 1997b MATOS, 2000; MELO-DINIZ et al., 1998; PROPLAM, 2004; SIMÕES et al. 1998.

Alho - Allium sativum L.


Parte Utilizada: Bulbo

Forma de Utilização: Maceração com água (preparação que consiste no contato da droga vegetal com água, à temperatura ambiente, por tempo determinado para cada droga vegetal) 0,5 g (1 colher café) em 30 mL de água

Posologia e modo de usar: Utilizar 1 cálice 2 vezes ao dia antes das refeições

Via: Oral

Uso: Adulto e Infantil

Indicações: Hipercolesterolemia (colesterol elevado). Atua como expectorante e anti-séptico

Contra indicações: Não deve ser utilizado por menores de três anos e pessoas com gastrite e úlcera gástrica, hipotensão (pressão baixa) e hipoglicemia (concentração de açúcar baixo no sangue). Não utilizar em caso de hemorragia e em uso de anticoagulante.

Efeitos Adversos: Doses acima da recomendada podem causar desconforto gastrointestinal

Observações: Suspender o uso 10 dias antes de qualquer cirurgia. Deixar a droga seca rasurada por cerca de uma hora em maceração.

As doses indicadas são para adultos.

As plantas medicinais não devem ser usadas em crianças menores de 3 anos, gestantes e mulheres que estejam amamentando.

Nas crianças de 3 a 7 anos deve-se usar 25% das doses indicadas e em crianças entre 7 e 12 anos e em acima de 70 anos deve-se usar 50% das doses indicadas.


FONTE: RDC-10 de 9 de março de 2010 apud WICHTL, 2003; MILLS & BONE, 2004; GRUENWALD, et al, 2000.

Fitoterápico

Segundo a RDC n°. 48, de 16 de Março de 2004 (substituida pela RDC-14 de 31 de março de 2010):

É todo medicamento obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas ativas vegetais. É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Sua eficácia e segurança é validada através de levantamentos etnofarmacológicos de utilização, documentações tecnocientíficas em publicações ou ensaios clínicos fase 3. Não se considera medicamento fitoterápico aquele que, na sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as associações destas com extratos vegetais.

Plantas medicinais

"Plantas medicinais são plantas ou suas partes, que contenham as substâncias, ou classes de substâncias, responsáveis pela ação terapêutica, após processos de coleta ou colheita, estabilização e secagem, íntegras, rasuradas, trituradas ou pulverizadas."

FONTE: RDC – 10, de 9 de março de 2010.